Big, segredos e afins
Sem vergonha, apreciadora de reality shows me confesso. Quem consegue esquecer o Zé Maria e as suas galinhas, as "órgias" do Telmo ou a inocência com que diziam e faziam as coisas? O Big Brother foi sem dúvida um marco na nossa televisão, e quer se goste quer não, mudou a forma de se fazer televisão.
Também fui seguindo as edições que se foram seguindo, com vip's mais ou menos conhecidos, com quintas à mistura, até que se chega à Casa dos Segredos. Um conceito engraçado, juntar ao Big Brother uma voz e uma série de segredos. Contudo, o que é demais enjoa, e os segredos começaram a ser mais estranhos e os concorrentes menos inocentes. O importante no fundo passou a ser a imagem, o que as pessoas pensavam cá fora, os namoros ou as presenças que se iriam fazer quando saíssem.
Segui algumas edições. Deixei de ver as galas ao domingo, mas acompanhava os diários.
Vieram depois os desafios. E aqui, perderam a minha atenção. Pessoas repetidas, histórias repetidas, escândalos e discussões. Não compreendo o existirem fãs que pagam coisas, viagens e electrodomésticos. As discussões como se as pessoas fossem inimigas de morte. Deixei de ver. Até que na última edição da Casa dos Segredos uma discussão sobre cuecas voltou a chamar a minha atenção. Até queria que pessoas fossem expulsas outras ficassem, mas pareceu-me que o jogo já não está inocente. Já há demasiadas influências do exterior e tiraram a magia ao estar fechado dentro de uma casa. Para mim, jogo ficou menos credível.
Até que chegamos ao Love on Top. Não percebo. Ou melhor, percebo o conceito. O que não faltam por outros países são programas onde o objectivo é encontrar o amor. Mas não percebo as atitudes das pessoas que lá estão.
No passado domingo estive a ver um extra da actual edição deste programa. Pareceu-me que todos lá dentro já se envolveram uns com os outros, já estão lá concorrentes de outras edições de casas, loves e desconhecidos; ex e actuais, possíveis e impossíveis namorados.
O que me pergunto é se aquelas pessoas fazem tudo para aparecer na televisão? Porque não me faz de todo sentido pensar que aquilo é a vida real. Não é a vida real que conheço, não acho normal que pessoas bem resolvidas sejam assim.
Eu que acredito no amor, não acredito no Love on Top. E em alguns casos parece que o que falta é amor próprio. Parece que se faz tudo por um caché, por presenças em discotecas que irão chegar ou capas de revistas cor de rosa.
Ah e por falar em amor, não é que há dias li que o Telmo e a Célia do BB1 iam ter outro filho? Isso sim é que é: 17 anos depois do seu reality show ainda estão juntos!