Ao fim de 3 dias deixámos Roma e fomos de Comboio até Florença. Já da outra vez que estivemos em Itália, optamos por fazer o percurso entre cidades de comboio e é uma excelente opção. Não têm preços exageradamente caros (compramos antes de ir) e a viagem é confortável.
Como chegamos a Florença de noite, apenas deu para ver tudo já com o escuro da noite, mas deu para perceber que tem uma luz muito própria. Para o dia seguinte tínhamos já planeado um passeio pela região da Toscana.
Assim, acordámos bem cedo com destino a Sienna onde visitámos, entre outras coisas, a Catedral onde existe uma sala que nunca teve qualquer trabalho de recuperação. Nunca ninguém mexeu naquelas paredes para recuperar ou manter. Tivemos uma visita guiada pelos principais pontos e assim mais uma vez deu para conhecer e perceber coisas que de outra forma não seria possível. Visitámos depois San Gimignano, no cimo de um monte, muito pituresca e cheia de torres. Cheia de turistas e com imensas lojas de queijos e enchidos que só de passar a porta já dava para sentir o cheiro.
Depois de almoço seguimos então para Pisa onde chegamos a meio da tarde. E se eu achava, e tinha lido, que a torre estava inclinada, vê-la perfeitamente e nitidamente inclinada foi incrível. Nota-se muito bem! Não subimos porque, além de ter hora marcada a entrada, não achámos que valesse assim tanto a vista. O melhor é ver de fora e fazer figuras incríveis a tirar fotos e ficar encostada ou a empurrar a torre. Não pôde faltar claro!
Para o fim ficou conhecer Florença. Mais uma subida, desta vez à cúpula, com escadas apertadinhas e de lado, mas uma vez lá em cima, vale bem o esforço. Tem uma vista linda sobre toda a cidade. Para quem tem vertigens, ali não havia nenhuma rede de protecção, só mesmo o parapeito até à cintura.
Fomos ainda até à Piazzale Michelangelo, do outro lado do rio, passando a ponte das ourivesarias, Ponte Vecchio, e ali junta-se imensa gente só a apreciar a vista, a beber qualquer coisa no cafezito ou a ouvir quem lá estava a tocar. Uma vista incrível.
Gostei muito da cidade. Em pouco tempo e andando sempre a pé, mas com calma, é possível conhecer a cidade e apreciar o que ela tem para mostrar. Voltámos no dia seguinte de manhã de Bolonha, cidade que já tínhamos visitado da primeira vez em Itália, mas que face à proximidade de Florença e ao preço do voo, fazia sentido regressar de lá. Meia horita de comboio de Florença a Bolonha.
O que dizer destes dias? Quando planeamos passeios assim já sabemos que vai ser cansativo. Que vão ser muitos km em cima das pernas, e pouco tempo para descansar, mas faz parte. Voltamos bem mais ricos do que aquilo que fomos. Vale a pena!
Já passaram quase 4 meses mas ainda vai bem a tempo de falar sobre a minha viagem a Itália. É já a segunda vez que vamos a Itália e é um daqueles países que não conseguimos apenas escolher uma cidade. Há tanto para ver e ficam sempre locais para uma próxima. Desta vez visitámos Roma, Vaticano, Florença e uma excursão a Pisa, Siena e San Gimignano.
Optámos por organizar tudo antes de ir, comprando entradas para os sítios que queríamos visitar com a opção de escapar às enormes filas, e assim conseguir poupar tempo e ter uma visita mais completa. Da experiência que já vamos tendo, tem corrido sempre bem e, apesar de poder haver menos liberdade pois há horas e locais marcados, por outro lado temos um guia a mostrar e explicar as coisas mais importantes.
Chegámos a Roma e o primeiro sítio mais conhecido que vimos foi a Fontana di Trevi. Que dizer? Linda! Apesar de estar sempre cheia de gente, é tão bonita, tão imponente, e apesar de já contar que não era só uma fonte pequenina, fiquei muito impressionada.
Visitámos depois o Panteão, outro edifício imponente e que nos deixa boquiabertos. Antes de visitar a cidade já tinha lido que ir a Roma é como ir a um museu a céu aberto, e que se tropeça em cada canto com história, e de facto não é clichê, é mesmo assim!! Conhecer a cidade é uma experiência que recomendo.
No dia seguinte visitámos o Vaticano. Depois de ponderar várias alternativas, optámos por comprar uma tour com visita guiada ao Museu do Vaticano, onde está a Capela Sistina, e à Basílica de S. Pedro. Depois de ter feito a visita, acho que foi a melhor opção: não só conseguimos escapar às enormes filas como tivemos explicações que de outra forma não teríamos. Ah e visitar o Museu sem guia pode demorar horas e horas. São salas imensas, com imensa gente. A Capela Sistina, onde supostamente tem de estar silêncio, estava cheia de gente, a abarrotar mesmo, tudo a olhar para cima. Mas como o guia nos explicou e mostrou, as paredes à volta também têm belas pinturas para ver.
Em relação à Basílica, só visitando é que se tem realmente noção do tamanho. É enorme, muito alta. Faz-nos sentir pequeninos. Só para ter ideia, haviam letras lá na parede que segundo o guia tinham 1,70m de altura. E vistas de baixo pareciam pequeninas. Depois da basílica, subimos ainda à cúpula. Optámos pelo bilhete que permitia subir uma parte em elevador. Avizinhavam-se dias muito preenchidos e por 2€ foi o melhor. A vista de cima é como vemos na televisão!
No terceiro dia fomos conhecer o Coliseu. Tal como a Fontana di Trevi e no geral grande parte dos monumentos, o coliseu deixa-nos com uma sensação de imponência incrível. E estar lá dentro foi incrível. Compramos também uma tour, com entrada pela zona da arena, em que as entradas são controladas. A visita ao coliseu incluía também visita ao Fórum Romano, que são basicamente ruínas, mas mais uma vez ao fazer a visita com guia, a experiência é totalmente diferente.
Além destes locais, visitámos ainda outros pontos "obrigatórios", como a Piazza di Spagna, onde comemos um gelado pela módica quantia de 12€ (lição: nunca mais pedir um gelado sem saber o preço), o Monumento Victor Emanuel II, Piazza Navona, entre outros locais. Em Roma o que mais há são fontes, praças, monumentos e condutores que não respeitam passadeiras ou semáforos!
E assim, depois de muitos km nas pernas, deixámos Roma e nos dirigimos a Florença.